O último dia da VIII edição do Mêda+ ficou marcado por um ambiente incrível no Palco Parque: esta foi, sobretudo, uma tarde ainda mais intimista e relaxada do que nos dois primeiros dias de festival. We Bless This Mess (projeto a solo e em acústico)foi o primeiro a atuar. Preferindo “viver o agora” e não criar expectativas sobre nada, Nelson Graf Reis dá outra cor aos sons do punk-rock e aproxima-os do folk desde 2012. De mente aberta, quis contribuir para a felicidade dos presentes, brindando-os com mais duas músicas extra na hora da despedida.
Já no segundo concerto, encurtaram-se distâncias e a relva do Jardim Municipal da cidade tornou-se palco para Captain Boy (alter ego de Pedro Ribeiro). Numa espécie de convívio entre amigos, a voz rouca e a guitarra a tiracolo do jovem de Barcelos comandaram aquele fim de tarde inédito, transformando um concerto numa viagem irrepetível.
Quanto à última noite, Quinta-feira 12, a banda que se auto-caracteriza como “chuto ao azar e ao presságio da má sorte nos dias de hoje”, deixou-se surpreender pelo ambiente do festival e teceu vários elogios ao mesmo. A acompanhar o Mêda+ já há algumas edições, destacaram ser “incrível para esta zona ter um festival com uma programação de bom gosto, sem ser uma programação clichê”, oferecendo muito para além do mero entretenimento, não falhando na oferta de qualidade musical. Desta feita, a banda destacou a importância do Mêda+ servir “a cultura nacional alternativa nacional, a cultura municipal e a cultura regional” de forma ímpar.
Além da atuação dos Quinta-feira 12, seguiram-se os Trêsporcento e Best Youth, em dois concertos com grande recetividade e envolvência do público. O final da noite este a cargo de Nuno Lopes: o DJ e ator fez vibrar o recinto com o seu estilo eclético, oferecendo aos mais resistentes uma passagem do deep house aos raw beats, do techhouse e techno ao bassline num mesmo set, tudo isto sem descurar a energia necessária para tornar memorável aquela que foi a última madrugada de festival.